Com esta postagem da Ponte do Arco-Íris, iniciaremos uma pequena série que trata de dois dos muitos anjinhos da nossa amiga Tereza Falcão! São a Brisa, que viveu 15 anos, e o Sol, que viveu 11 anos – ambos Boxers. A história dela é muito linda, vale a pena acompanhar! A história da Brisa será contada inteiramente com as palavras da sua tutora, Tereza, e a do Sol será contada, em parte pelo próprio Sol, e em parte pela Tereza. Tenho certeza de que vocês vão adorar e se emocionar!
“Vou contar aqui a história de meu boxer velhinho Sol, que
perdi recentemente com 11 anos e 2 meses de idade, apesar de ser cardiopata (faleceu em
16 de setembro de 2011), e de minha
recordista em longevidade: a mestiça boxer grandona, Brisa I, que viveu 15 anos
e meio. Foram meus dois cães que viveram mais tempo – apesar de, para mim, esse
tempo ter sido curto demais!Só há um PONTO EM COMUM entre Sol e Brisa, além do sangue
boxer: os dois foram os únicos, entre as dezenas de boxers que tive, a nascer
em minha casa e permanecer comigo durante toda a vida deles. E foram os dois
que viveram mais tempo. Todos os outros chegaram à minha casa com pelo menos 2
meses de vida.
Vou contar um resumo da história desses dois e incluir os
cuidados que tive para que Brisa vivesse tanto tempo e para que Sol, boxer
cardiopata, vivesse até os 11 anos e mais de 2 meses e tivesse uma morte de
paz.
Não sei até que ponto a história de vida, a alimentação, o
acompanhamento veterinário, o ambiente e a genética influenciam na longevidade;
mas que é fato que um estado de espírito feliz e relaxado influencia muito, é
fato. Desconfio que este último fator influencia mais do que os outros, que
comprovadamente têm papel importante para uma vida longa.
É impossível resumir muito as experiências felizes de meus
dois cães velhinhos, por isso peço desculpas a quem não se interessar em ler
relatos que quase formam um livro…
Tive outros cães também muito amados que viveram até os 10
anos, mas o final de vida destes últimos não foi pacífico como o do Sol, eles
sofreram com doenças ou acidentes no final de suas vidinhas, vou deixar as
histórias tristes para uma outra vez.
Há algo em comum em todos os cães velhinhos: ao contrário
dos humanos, eles continuam bonitos como sempre foram desde filhotes, até o dia
de suas mortes. Provavelmente, um reflexo da grandeza de suas almas, que entre
todos os seres vivos são as mais capazes de dar o que Jesus quis nos ensinar: o
AMOR INCONDICIONAL.
BRISA (15 DE JUNHO DE 1984 – 19 DE DEZEMBRO DE 1999)
Filha da boxer com pedigree Cherry of Riverplate (“Kika”) e
pai desconhecido (um dos viras das ruas do Condomínio Arujazinho)
UMA BRISA PARA REFRESCAR NOSSAS VIDAS
Em dezembro de 1983, mudei de São Paulo para a pequena
cidade de Arujá, em busca de uma vida mais próxima à Natureza. Trouxe comigo a
boxer Kika, então com 5 anos, que eu ganhara de presente recentemente, de um
casal que precisara mudar para apartamento por causa da cardiopatia do marido.
Minha casa ficava vizinha à Hípica onde eu trabalhava, e era
uma das duas únicas casas da rua, em 1983. Vivíamos em meio à mata nativa em
rua com pouquíssimo movimento de carros, e Kika costumava ir comigo à Hípica
solta, e ficava por lá e pelas matas vizinhas enquanto eu dava aulas de
equitação e adestrava cavalos.
Kika não era castrada, e minha casa era cercada por
alambrado alto, mas mesmo assim quando a cadela entrou no cio apareceram
trocentos cães de rua nos rodeando… Eu a prendia de noite na lavanderia
ampla, onde ficava o colchãozinho dela, e a deixava solta no quintal durante o
dia. Mesmo assim, algum dos viras conseguiu escalar o alambrado e cruzar – Kika
ficou prenha e teve 8 cachorrinhos – nenhum morreu, todos viveram muito – nascidos
dia 15 de junho de 1984.
Quem atendia meus cães naquele tempo era meu amigo
veterinário Rami Nasser, que dava assistência aos cavalos da Hípica. Depois que
os cãezinhos desmamaram, pedi a ele para castrar a Kika. Ao fazer os exames
preliminares, ele descobriu um câncer transmitido pelo cão de rua que
emprenhara minha boxer, e operou Kika, que, mesmo havendo sido operada, viveu
muito pouco tempo depois disso…
Eu já havia dado 7 cãezinhos (acompanhei até o fim a vida de
5 deles e sempre tive notícias dos outros 2) e resolvi ficar com a Brisa, que
era divertida e moleca, mais que todos os outros.”
Essa foi apenas uma introdução, que conta como a Brisa chegou à vida de Tereza. Em breve, publicaremos a continuação!