dezembro 9

Na Hora de Viajar …

2  comENTÁRIOS

É sempre um dilema, decidir o que fazer com o cãozinho na hora de viajar – principalmente se o cão for idosinho, e precisar de observação e cuidados extra. Agora no final do ano, muita gente quer viajar, mas acaba deixando de fazê-lo por conta dos seus animaizinhos. Afinal, quais são as opções?

O cão pode ir junto?

Se a resposta for sim, ótimo! Se a viagem for para uma casa da família, ou de amigos, o cãozinho poderá desfrutar de ótimos momentos junto com a família, e conhecer lugares e cheiros novos. Se for para um hotel, é preciso verificar antes se este aceita animais, e em que condições eles deverão ser mantidos. Alguns hotéis dispõem de instalações específicas para animais (como canis e gatis), enquanto outros permitem que os bichinhos fiquem dentro dos apartamentos, contanto que sejam mantidos em condições de higiene e não façam barulho.

cão na praia

Quando o cão pode ir junto, alguns cuidados podem ser necessários na hora de escolher o meio de transporte mais adequado:

  1. Carro: para viagens de curtas distâncias, costuma ser uma boa alternativa. A maioria dos cães idosos já está bem habituada a andar de carro com seus tutores, e não ficará estressada.
    • Para reduzir ainda mais a possibilidade de estresse durante a viagem, um bom passeio antes de sair é uma ótima forma de fazer com que o peludo relaxe e vá dormindo boa parte do caminho.
    • É preciso tomar cuidado: se o cão for muito sensível ao calor, ou tiver algum problema cardiorrespiratório, o calor pode se tornar um grande problema. Nesses casos, pode ser necessário viajar com o ar condicionado ligado.
    • Independente do clima, não se esqueça de levar uma garrafinha com água fresca e um potinho para servi-la periodicamente ao cão.
    • Se a viagem durar mais de 2 horas (ou se o seu cão tiver alguma doença que faça com que ele urine mais), não deixe de parar algumas vezes o carro, para que o cão possa caminhar um pouquinho e fazer as suas necessidades.
    • Para evitar indisposições durante a viagem, procure não alimentar o cão menos de 2 horas antes de sair. O ideal é alimentá-lo apenas quando chegar ao destino, a não ser que a viagem seja muito longa.
    • Segurança é fundamental: para viajar de carro, o cão poderá ser transportado de três maneiras diferentes:
      • Caixa de transporte de tamanho adequado, e devidamente fixada no carro, de modo que não fique se movimentando;
      • A cadeirinha é uma boa opção para cães de pequeno porte. Existem cadeirinhas próprias para o transporte de cães, que se parecem com “cestinhas” com cinto de segurança. Assim, o peludo poderá apreciar a paisagem com segurança; e
      • Cinto de segurança pode ser utilizado, e acaba sendo uma ótima alternativa para cães de médio a grande porte, pois ocupa menos espaço. Nesse caso, o cão ficará no próprio banco do carro, seguro por um cinto de segurança próprio para cães, preso a uma peitoral. Procure não prender o cinto na coleira, e muito menos no enforcador, pois, no caso de um impacto, o pescoço do cão poderá se ferir, ou até quebrar.
  2. Ônibus: algumas empresas de ônibus admitem que os tutores viajem com seus cães, desde que dentro de caixas de transporte. Observe as regras da empresa que for utilizar:
    • Podem haver restrições quanto ao tamanho do cão, vacinas, e algumas podem até mesmo exigir que o animal vá sedado.
    • A GTA (guia de trânsito animal) para o transporte interestadual não é mais emitida para cães e gatos, mas pode ser exigido um atestado de sanidade animal, assinada por um médico veterinário, a ser apresentado junto com a carteira de vacinações.
    • A sedação pode ser perigosa para alguns animais. Antes de definir a viagem, converse com o seu médico veterinário para saber se o seu cão poderá ser sedado, e qual a medicação e dose mais adequadas para ele. Caso ele não possa ser sedado, verifique com a empresa se este procedimento é realmente necessário, pois algumas admitem que os animais viajem acordados, contanto que não fiquem incomodando os passageiros.
    • Mesmo que o cão viaje sedado, certifique-se de que haverá água disponível para ele durante o trajeto. Existem bebedouros que podem ser afixados nas grades das caixas de transporte, garantindo assim que ele poderá se manter bem hidratado o tempo todo.
    • Verifique junto à empresa de ônibus a previsão de paradas ao longo do trajeto, para se certificar de que será possível oferecer ao seu cão o descanso necessário. Nas paradas, retire-o da caixa e leve-o para caminhar e fazer as necessidades. A maioria dos cães idosos vai evitar fazer as necessidades dentro da caixa.
    • Assim como no caso do carro, uma caminhada antes de sair pode ajudar a reduzir o estresse e manter o animal tranquilo durante a viagem.
  3. Avião: Normalmente, para viajar de avião, são exigidos – assim como no caso de ônibus – documentos do animal, como carteira de vacinação e atestado de sanidade emitido por um médico veterinário.

Atualmente, a maioria das empresas aéreas não transporta mais cães braquicefálicos (de focinho curto), como por exemplo buldogues, pugs, shi tzu, entre outros. Por serem especialmente sensíveis ao estresse e a alterações de pressão e temperatura, estes animais têm maiores chances de entrarem em colapso durante a viagem, o que justifica a precaução das companhias aéreas, mas deixa muita gente “de calça curta”. Assim como ocorre com as outras modalidades de transporte, é importante disponibilizar ao

A viagem de avião pode ser classificada em dois tipos:

  1. Pet Cabin – é a modalidade em que o animal é transportado a bordo da aeronave, junto com o seu tutor. Sempre que possível, é a melhor opção, pois assim o próprio tutor se encarrega dos cuidados com o animal, garantindo assim o seu conforto e bem estar. O problema maior é que normalmente há restrições quanto ao tamanho e peso do cão ou gato. Algumas companhias aéreas admitem apenas animais que – junto com a caixa de transporte – pesem até 5 Kg, e outras admitem até 10Kg. As caixas de transporte devem ser do tamanho determinado pela companhia aérea, e o animal deve caber confortavelmente dentro da caixa. Normalmente, há também uma limitação quanto ao número de animais a bordo. No Brasil, geralmente são transportados até 2 cães ou gatos por vôo, o que pode dificultar a reserva. A reserva deve ser feita com máxima antecedência, mas muitas vezes ela apenas é confirmada pela companhia aérea na véspera da viagem – o que significa que você poderá descobrir em cima da hora que o seu animal não será transportado. As taxas cobradas por este serviço costumam ser bem salgadas, e o valor é definido apenas na hora do embarque (normalmente, há uma taxa “básica”, que gira em torno de R$90,00, e mais uma percentagem do valor da passagem no momento do embarque, que é multiplicada pelo peso do animal na caixa). Cães de serviço têm direito por lei de embarcar com seus tutores, sem pagamento de taxas e independente do seu porte (caso tenha um cão de serviço, não deixe de notificar a companhia aérea com antecedência).
  2. Despacho: tem as mesmas inconveniências do Pet Cabin – confirmação de reserva tardia, limitação de animais por vôo, altas taxas de serviço -, e ainda algumas a mais. A vantagem do despacho em relação ao Pet Cabin é que são admitidos cães de médio e grande porte. Pode ser uma opção, caso a viagem seja muito longa, ou os tutores estejam se mudando. Se for uma viagem de curta duração, pode ser mais interessante deixar o cão na sua cidade mesmo. Cães idosos são bastante sensíveis ao estresse e a alterações de pressão e temperatura, principalmente se forem cardiopatas ou se tiverem algum problema respiratório. Se o cão tiver uma cardiopatia grave, a viagem pode se tornar proibitiva. Fora isso, infelizmente há casos conhecidos de animais que são extraviados ou sofrem ferimentos durante o transporte, por descuidos da companhia aérea. Principalmente por estarmos lidando com animais que costumam ter uma saúde mais frágil, é melhor evitar estresses desnecessários.

O cão deve ficar?

As vezes, infelizmente, o cãozinho precisa ficar enquanto seus tutores viajam. O que fazer nestes casos?

Hotelzinho:

Pode ser uma ótima opção, para cães que sejam sociáveis e que não fiquem muito estressados com alterações na sua rotina. Na hora de escolher o local, tome alguns cuidados:

  • cão presoReserve com antecedência – em dezembro e janeiro, os hoteizinhos costumam ficar lotados. Por isso, assim que tiver as datas da sua viagem, não demore para reservar também a hospedagem do seu peludo. Se demorar muito, pode não conseguir nenhum hotel, ou acabar tendo que deixar o cãozinho em um hotel que não seja muito bom.
  • Prevenir é melhor – verifique se as vacinas do seu cão estão em dia. Caso não estejam, vacine-o o quanto antes possível. As vacinas levam em média 3 semanas para fazerem efeito, por isso, não deixe para a última hora. Também aproveite para desverminar o bichinho 2 a 3 semanas antes de viajar, e aplique um bom anti-pulgas um dia antes de deixá-lo no hotel. Isso vai garantir a saúde dele e a dos demais hóspedes do hotel!
    • ATENÇÃO: algumas doenças, como a Tosse dos Canis (gripe canina) são altamente contagiosas. Isso significa que, se houver um único cão doente no hotelzinho, há uma grande chance de que quase todos os demais também fiquem. A vacina para esta doença está disponível, mas não faz parte do protocolo de vacinações anual básico, e a maioria dos cães acaba não tomando. Pergunte ao seu veterinário se o seu cão está protegido, e se ele precisará também ser vacinado contra esta doença.
  • Conheça o hotel por dentro – antes de fazer a reserva, pode ser interessante ir pessoalmente visitar as instalações do hotel. Verifique o espaço dos canis, a higiene do local, e as condições dos hóspedes que estiverem lá (eles parecem estressados? estão limpinhos? bem tratados? há água limpa e em quantidade suficiente para todos?).
  • Recreação – confira se há um local disponível para que os cães sejam soltos para brincar, e pergunte como é feita a recreação, se houver (os animais são soltos diariamente? com que frequencia? por quanto tempo? como são formados os grupos? alguém supervisiona?). Se o seu cão não se sentir confortável na presença de outros cães, notifique o hotelzinho, para que ele seja solto apenas sozinho ou com poucos cães, conforme o caso. Assim, podem ser evitados estresses e acidentes desnecessários.
  • Assistência veterinária – sempre esperamos que não, mas pode ser que o seu cão precise ser atendido. Ele pode adoecer, ou sofrer um acidente, e deve haver alguém qualificado para atendê-lo prontamente se necessário. Descubra se há um médico veterinário responsável, e, se possível, converse com ele. O veterinário não precisa necessariamente estar no hotel o tempo todo, mas deve estar disponível para comparecer a qualquer momento caso sua presença seja requisitada. De qualquer forma, informe no seu cadastro o número do telefone do seu médico veterinário de preferência.
  • Cuidados especiais: alguns velhinhos podem estar com a sua saúde debilitada, e necessitar de atenção especial, como uma observação mais cuidadosa, e medicações frequentes. Se for o caso do seu cão, verifique se há alguém disponível para isso. Conforme o tipo de cuidado necessário, o hotel pode querer cobrar um valor a mais pelo serviço. Já deixe tudo combinado, para não ter surpresas no final da viagem.
  • Ambientação: o cão vai se sentir mais a vontade se tiver objetos familiares consigo durante a sua estadia no hotel. Leve a caminha e/ou cobertorzinho dele, brinquedos, potinhos, e ração.

Na casa de amigos ou parentes

Um amigo de confiança ou um familiar pode se dispor a ficar com o seu cão. A primeira vista, é uma excelente alternativa, pois geralmente a pessoa não cobrará pela hospedagem, e o seu bichinho ficará em um ambiente familiar. Mas é preciso tomar algumas precauções para que tudo corra bem:

  1. Esta pessoa já tem ou teve cães? esta pergunta é importante por diferentes motivos:
    • Se a pessoa nunca tiver tido cães, isso significa que ela pode não saber lidar bem com o seu peludo. Neste caso, deixe as instruções bem claras, de preferência num papel num local bem visível, onde a pessoa poderá consultar com facilidade informações importantes, como os horários da alimentação, o que o animal pode e não pode comer, quanto fornecer de comida em cada refeição, medicações que ele precise tomar (doses, horários, e como fazer para que ele tome o remédio), entre outras. Se for o caso, ensine também como ela deverá fazer para passear com cão, desde o básico: como vestir a coleira (vários acidentes ocorrem por conta de coleiras mal colocadas), como manter o cão sob controle, e, claro – como juntar as caquinhas!
    • Se a pessoa já tem ou teve cães, ela provavelmente terá mais facilidade para lidar com o seu cão. Explique a ela eventuais peculiaridades do seu animal, e anote as doses e horários de eventuais medicações que ele precise tomar. Se ela tiver cães, verifique antes se os animais se dão bem, ou se será necessário (e possível) mantê-los separados.
  2. Alimentação: se o seu cão come ração, cuide para deixar com a pessoa uma quantidade que seja suficiente para alimentar o seu cão durante todos os dias em que você estiver fora. Se a sua viagem for muito longa, você pode deixar combinado que reembolsará a pessoa, caso ela precise comprar mais. Se o seu cão come alimentação caseira, o ideal é já deixar tudo pronto e separado em porções individuais, que possam ser congeladas, de modo a dar o mínimo trabalho possível. Não espere que o seu amigo vá cozinhar para o seu cachorro…
  3. Veterinários: verifique se há algum hospital veterinário 24 horas perto da casa do seu amigo, e deixe anotados o endereço e o telefone, para o caso de haver alguma emergência. Anote também o telefone do seu médico veterinário de preferência.
    Leve todo o “kit” de cuidados para o seu animal – caminha, brinquedos, potinhos, escova, e o que mais for necessário.

Pet Sitter (babá)

“Não há lugar como o nosso lar”, já dizia o ditado… Então, por que não deixar o bichinho confortável, no lugar em que ele melhor conhece, e se sente bem? O serviço de Pet Sitter está disponível em muitas cidades, e geralmente é desempenhado por pessoas que gostam muito de animais (ou, ainda, pode ser desempenhado por um amigo seu, ou um parente). Tem a grande vantagem de não precisar tirar o cão do seu ambiente, de modo que – a não ser que ele tenha ansiedade de separação -, o estresse será quase nulo!

p cookie e paxa

Como escolher um(a) pet sitter?

  • Antes de mais nada, a pessoa deverá ser de confiança. Afinal, ela precisará ter acesso à sua casa durante a sua ausência, e a vida do seu precioso bichinho ficará nas mãos dela. Procure indicações de conhecidos, protetores de animais, ou médicos veterinários.
  • Disponibilidade – verifique a pessoa tem o tempo disponível para ficar com o seu cão. Muitas vezes, o serviço é cobrado por hora. Então, conforme a disponibilidade da pessoa e a sua necessidade, poderá ficar combinado que ela passará na sua casa mais de uma vez no mesmo dia, ou que ficará mais tempo com o bichinho, para brincar com ele e/ou levá-lo para passear.
  • Afinidade e intimidade com o(s) seu(s) animal(is): principalmente para quem tem cães de grande porte, pedir a um estranho que entre na sua casa durante a sua ausência pode se tornar um grande problema. Os animais podem ver aquela pessoa como uma ameaça, e decidir atacá-la. Por isso, caso os seus animais ainda não conheçam a sua babá, peça a ela que vá à sua casa uma ou mais vezes alguns dias antes da viagem, para que todos possam se conhecer e fazer amizade. Aproveite estas ocasiões para levar o(s) cão(es) para passear junto com ela – assim, você poderá ensinar a ela como manter o(s) seu(s) animal(is) sob controle, e o(s) bicho(s) ficarão mais ligados a ela.
  • Comunicação: enquanto estiver fora, peça à pessoa encarregada para te manter informado(a) diariamente, seja por telefone, e-mail, whatsapp ou SMS. Assim, você fica tranquilo(a)!

Quando for deixar o seu cão com um(a) pet sitter, não deixe de passar todas as instruções: se a pessoa deverá levá-lo para passear, como deverão ser feitos os passeios, quanta ração colocar, se será preciso medicar o animal, e qualquer outra peculiaridade. Mostre a ela como ficam organizados os objetos de que ela precisará (produtos de limpeza, caixas de ração, coleiras e guias, brinquedos, etc.), de modo que ela consiga desempenhar seu serviço com maior facilidade.

Para o cão, deixe tudo do jeitinho que ele está acostumado, para que ele perceba que haverá poucas mudanças na sua rotina. Quando estiver saindo de casa, evite despedidas – elas apenas servem para tornar o cão mais ansioso.


Você também pode gostar:

  1. ola boa tarde tenho um salsicha que no mes de semtembro teve problemas esta com 13 anos e ficou cego e surdo.e tenho uma viagem programada para meados de janeiro e gostatria de uma orientação como fazer porque sempre o levo.mas desta vez nao vou poder.espero um retorno obrigado

    1. Olá, Neusa! Tudo bem?
      No artigo acima coloco várias opções de hospedagem para cães… Como o seu cãozinho está com problemas de saúde e pode precisar de uma atenção especial, o ideal é que ele possa receber uma atenção mais individualizada.
      Caso não tenha alguém da sua família ou um amigo que possa ficar com ele, uma ideia pode ser procurar um anfitrião do http://www.doghero.com.br . Neste site, as pessoas se cadastram para receber os cães nas suas residências, de modo que o seu cãozinho provavelmente ficará mais a vontade do que num hotel.
      Outra opção é contratar uma pet sitter que possa ir à sua casa pelo menos uma vez ao dia para alimentá-lo e levar para passear. Assim, ele não precisa sair do ambiente que já conhece e está habituado (a desvantagem é que ele ficará sozinho boa parte do tempo, mas, se isso não for um problema para ele, não deixa de ser uma boa alternativa).
      Um abraço!

Comments are closed.

{"email":"Email address invalid","url":"Website address invalid","required":"Required field missing"}