novembro 21

Os Anjos de Tereza – Parte 1

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Olá, amigos!

Com esta postagem da Ponte do Arco-Íris, iniciaremos uma pequena série que trata de dois dos muitos anjinhos da nossa amiga Tereza Falcão! São a Brisa, que viveu 15 anos, e o Sol, que viveu 11 anos – ambos Boxers. A história dela é muito linda, vale a pena acompanhar! A história da Brisa será contada inteiramente com as palavras da sua tutora, Tereza, e a do Sol será contada, em parte pelo próprio Sol, e em parte pela Tereza. Tenho certeza de que vocês vão adorar e se emocionar!

“Vou contar aqui a história de meu boxer velhinho Sol, que
perdi recentemente com 11 anos e 2 meses de idade, apesar de ser cardiopata (faleceu em
16 de setembro de 2011), e de minha
recordista em longevidade: a mestiça boxer grandona, Brisa I, que viveu 15 anos
e meio. Foram meus dois cães que viveram mais tempo – apesar de, para mim, esse
tempo ter sido curto demais!Só há um PONTO EM COMUM entre Sol e Brisa, além do sangue
boxer: os dois foram os únicos, entre as dezenas de boxers que tive, a nascer
em minha casa e permanecer comigo durante toda a vida deles. E foram os dois
que viveram mais tempo. Todos os outros chegaram à minha casa com pelo menos 2
meses de vida.

Vou contar um resumo da história desses dois e incluir os
cuidados que tive para que Brisa vivesse tanto tempo e para que Sol, boxer
cardiopata, vivesse até os 11 anos e mais de 2 meses e tivesse uma morte de
paz.

Não sei até que ponto a história de vida, a alimentação, o
acompanhamento veterinário, o ambiente e a genética influenciam na longevidade;
mas que é fato que um estado de espírito feliz e relaxado influencia muito, é
fato. Desconfio que este último fator influencia mais do que os outros, que
comprovadamente têm papel importante para uma vida longa.

É impossível resumir muito as experiências felizes de meus
dois cães velhinhos, por isso peço desculpas a quem não se interessar em ler
relatos que quase formam um livro…

Tive outros cães também muito amados que viveram até os 10
anos, mas o final de vida destes últimos não foi pacífico como o do Sol, eles
sofreram com doenças ou acidentes no final de suas vidinhas, vou deixar as
histórias tristes para uma outra vez.

Há algo em comum em todos os cães velhinhos: ao contrário
dos humanos, eles continuam bonitos como sempre foram desde filhotes, até o dia
de suas mortes. Provavelmente, um reflexo da grandeza de suas almas, que entre
todos os seres vivos são as mais capazes de dar o que Jesus quis nos ensinar: o
AMOR INCONDICIONAL.


BRISA (15 DE JUNHO DE 1984 – 19 DE DEZEMBRO DE 1999)

Filha da boxer com pedigree Cherry of Riverplate (“Kika”) e
pai desconhecido (um dos viras das ruas do Condomínio Arujazinho)

UMA BRISA PARA REFRESCAR NOSSAS VIDAS

Em dezembro de 1983, mudei de São Paulo para a pequena
cidade de Arujá, em busca de uma vida mais próxima à Natureza. Trouxe comigo a
boxer Kika, então com 5 anos, que eu ganhara de presente recentemente, de um
casal que precisara mudar para apartamento por causa da cardiopatia do marido.

Minha casa ficava vizinha à Hípica onde eu trabalhava, e era
uma das duas únicas casas da rua, em 1983. Vivíamos em meio à mata nativa em
rua com pouquíssimo movimento de carros, e Kika costumava ir comigo à Hípica
solta, e ficava por lá e pelas matas vizinhas enquanto eu dava aulas de
equitação e adestrava cavalos.

Kika não era castrada, e minha casa era cercada por
alambrado alto, mas mesmo assim quando a cadela entrou no cio apareceram
trocentos cães de rua nos rodeando… Eu a prendia de noite na lavanderia
ampla, onde ficava o colchãozinho dela, e a deixava solta no quintal durante o
dia. Mesmo assim, algum dos viras conseguiu escalar o alambrado e cruzar – Kika
ficou prenha e teve 8 cachorrinhos – nenhum morreu, todos viveram muito – nascidos
dia 15 de junho de 1984.

Kika, a mamãe então com 5 anos e meio, e sua ninhada – Brisa é a que está bem no meio, com a mãozinha na barriga da Kika

Quem atendia meus cães naquele tempo era meu amigo
veterinário Rami Nasser, que dava assistência aos cavalos da Hípica. Depois que
os cãezinhos desmamaram, pedi a ele para castrar a Kika. Ao fazer os exames
preliminares, ele descobriu um câncer transmitido pelo cão de rua que
emprenhara minha boxer, e operou Kika, que, mesmo havendo sido operada, viveu
muito pouco tempo depois disso…

Meu filho Hélio e a ninhada com um mês de vida; cãezinhos brincando comigo em frente à casa

Eu já havia dado 7 cãezinhos (acompanhei até o fim a vida de
5 deles e sempre tive notícias dos outros 2) e resolvi ficar com a Brisa, que
era divertida e moleca, mais que todos os outros.”

brisa-ninhada-brincando
Brisa (de pezinha de perfil no meu joelho) e seus irmãos, aos 2 meses de vida, comigo em 1984 em frente à casa que ainda nem tinha a varanda”

Essa foi apenas uma introdução, que conta como a Brisa chegou à vida de Tereza. Em breve, publicaremos a continuação!


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