outubro 15

Semana dos Nossos Velhinhos – Episódio 3 – Maylow

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Meu cãozinho se chama Maylow. E mais, tem sobrenome também. Maylow Sadam de Cão. Esse foi o nome dado a ele por mim e meu irmão quando ele chegou a nossa casa. Quando eu tinha onze anos, ganhei meu amigo, e mal sabia eu que seria o melhor amigo do resto da minha vida.

Ele tinha só 45 dias. Nasceu no dia 13 de outubro de 2000. Maylow só latia e chorava no início. Meu pai ficava nervoso porque não sabia o que fazer. Como um bebê que chora e a gente fica tentando descobrir o que o faz chorar. Eu sabia: só dava colo e amor. Com o tempo, se tornou o mascote da família.

Éramos cinco morando na mesma casa. Aos poucos, foram todos saindo de casa. Meu irmão mais velho se casou e agora éramos quatro. Quando eu e o restante começamos a trabalhar, meu amigo Maylow se tornou o companheiro do meu pai. Ficavam juntos pra tudo. Ganhava queijo, carne, salame, era o filho predileto. Em 2013 meu pai faleceu e ah! O Maylow sentiu tadinho, emagreceu, entristeceu...

Mas a vida seguiu. Meu amigo fazia festa a cada chegada minha. Até aquelas que demoravam só 1 minuto de distância. Adorava uma bolinha. Mas o que ele amava mesmo eram as garrafas pets. Fazia uma zoeira que só vendo. O tempo passou e mais um irmão se casou. E ficamos nós três: eu, minha mãe e meu melhor amigo.

Como minha mãe trabalha muito, meu amigo era o meu companheiro na maior parte do tempo. Como éramos felizes juntos! Eu encobria todas suas travessuras, suas mijadas fora do lugar, suas sujeiras pela casa... só não falava que era eu que fazia porque não faço xixi pelo chão...

Infelizmente, esse ano, meu velho amigo, beirando seus 16 anos, começou a cambalear. Sua audição não era a mesma, sua visão também não, nem seu pique para as brincadeiras. Dormia mais que o habitual, comia menos, bem menos. Mas me amava como sempre!!!

E seu rabinho nunca parou de balançar. Os rins pararam, o intestino, a pressão subiu e meu melhor amigo se foi. No dia 03 de outubro de 2016 me despedi do meu velho amigo cão.

Qual era a linguagem que nos uniu para que tornássemos amigos? Não sei. Mas esse cara foi o melhor amigo que eu tive na vida. A minha tristeza e saudade não são mensuráveis, e nunca serão.

Meu Maylinho levou o brilho da minha vida e foi brilhar em outro lugar. Foi encontrar meu pai, talvez. E lá de onde ele está, sei que está balançando seu rabinho e levantando as orelhinhas quando me vê daqui.

Hoje, dezesseis anos depois, eu, com 27 anos, posso dizer que meu cão velhinho foi o amigo mais especial e amado que eu tive.

Meu velho amigo você faz uma falta sem medida. Um dia ainda te reencontro!! Te amo demais.

Ass.: Gabriela Ribeiro Machado


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  1. Amei muito!!
    Eu tenho um melhor amigo de 6 anos, só quem vive esse amor, sabe o que é.
    Linda história de sua vida com esse menino lindo.
    Está no céu, correndo como antigamente, fazendo travessuras é um dia vão se encontrar ???

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